sexta-feira, 2 de março de 2012

Canadá envia 40 toneladas de lixo para Santa Catarina

Carga foi apreendida na manhã desta sexta no Complexo 

Portuário do  Rio Itajaí-Açu

A alfândega da Receita Federal do Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu apreendeu, na manhã desta sexta, 40 toneladas de lixo que seriam descarregadas em Santa Catarina. A carga, que veio do Canadá, estava em dois contêineres. O material está, agora, no terminal Teporti, em Itajaí, para ser averiguado pela polícia. 

A declaração de importação foi registrada no final de fevereiro, e informava que a carga continha polietileno. A Receita Federal, com outros órgãos competentes, vai devolver a carga ao Canadá. Em menos de seis meses, esta foi a segunda carga de lixo detectada pela alfândega. A primeira, em setembro de 2011, veio da Espanha e foi devolvida.
DIÁRIO CATARINENSE

Subaproveitado, 60% de resíduo reciclável vai para lixão


Só 214 das 15 mil toneladas de lixo produzidas por dia são encaminhadas para reciclagem na capital
O Estado de S.Paulo – 27.02.12
Pelo menos 60% do lixo reciclável separado pelos moradores em suas casas vai parar no lixo comum. Contratadas para fazer a coleta seletiva porta em porta, as duas concessionárias responsáveis pelo serviço, Loga e Ecourbis, afirmam ter dificuldades no descarte. Falta espaço, estrutura e mão de obra para as centrais de triagem receberem o volume recolhido em São Paulo. Há dias em que os caminhões de coleta não deixam a garagem.
O problema se arrasta desde o ano passado, quando as cooperativas conveniadas à Prefeitura passaram a trabalhar no limite da capacidade. Segundo o contrato de concessão vigente até 2024, Loga e Ecourbis devem levar o lixo coletado a uma dessas 21 cooperativas. Muitas delas, no entanto, não contam sequer com esteiras para separar o lixo. A Prefeitura é responsável por entregá-las aos catadores. Oficialmente, só 214 das 15 mil toneladas de lixo produzidas por dia são encaminhadas para a reciclagem e esse porcentual de apenas 1,4% não é todo reutilizado.
Segundo a Loga, o refugo (sobra) das cooperativas chega a 60%. Na conta do desperdício, além da falta de estrutura, há outros dois problemas: materiais malconservados e interesses do mercado. Se o preço do plástico, por exemplo, está em baixa, o produto é descartado.
Também acontece de o caminhão não recolher os sacos deixados pelos moradores. Bairros da zona sul atendidos pela Ecourbis, como Moema e Vila Mariana, são alguns dos que mais sofrem. A empresa assume que deixa de passar quando não encontra espaço nas cooperativas. As centrais de triagem reivindicam esteiras, uniformes e reformas para aumentar a capacidade. Na zona leste, as cooperativas Chico Mendes e a Cooperleste, ambas na região de São Mateus, ainda separam o lixo manualmente. A falta de estrutura atrasa o serviço, afasta funcionários e reduz os lucros.
A Prefeitura informa que investe R$ 1,6 milhão por mês no apoio às cooperativas e, quando identifica irregularidades, multa as empresas de coleta. Segundo a Secretaria Municipal de Serviços, foram 139 multas desde 2010. A administração afirma que apenas 20% do lixo domiciliar é passível de reciclagem - desse total, 8,5% seria separado. A Secretaria diz que estuda modificar a legislação que impõe a entrega do material reciclável apenas às cooperativas conveniadas. O objetivo é criar uma "porta alternativa" para que a coleta não seja desperdiçada. / A.F.